quarta-feira, 5 de março de 2014

Ainda resolvendo papeladas

Acordei cedo, porque tinha que voltar ao Welcome Point pra fazer o resto das coisas que faltavam para o requerimento do Permesso de Sogiorno. Chegando lá, a mesma moça que tinha me atendido ontem me apresentou a uma menina super querida (e que infelizmente não lembro o nome) que ia me ajudar. Ela pediu o que eu já tinha feito, que era quase tudo, menos pegar um envelope cheio de coisa no correio.

A menina, então, disse que ia me levar lá pra pegar o tal do envelope e ir até o outro lugar que precisava pra fazer o Permeso. Faltava comprar um selo também. Gente, o selo custou 16 euros. Achei tão absurdo! Eu tinha entendido quando a mulher falou "selo", mas eu achei que estava enganada e só podia ser algo especial por custar tanto, né?! Hahaha acabou que era um selo que nem mil outros e é muito bom que o dinheiro que eu paguei nisso seja de imposto e que seja revertido pra alguma causa nobre, porque serio, revoltante hahahah.

Enfim, chegamos no correio, pegamos o envelope, e fomos falar com um cara. Ele foi meio grosso com a menina que tava me ajudando, o que eu achei super chato, porque ela foi falar com ele super educada. Ele disse o que tínhamos que fazer (sinceramente não lembro o que era, só segui ela onde ela mandava ir). Entre os caminhos dos lugares que tínhamos que ir, fomos conversando, e ela é bem fofa. Faz letras (disse que quer aprender português!), e está trabalhando como estagiaria na faculdade, e a função dela é ajudar nessa parte burocrática. Eu descobri depois que fui a primeira pessoa que ela ajudou, ela falou que tava morrendo de medo de fazer tudo errado, tadinha. Ela disse que iam cegar 50 chineses e ela teria que fazer isso um por um hahahah mas ela pareceu gostar de praticar outras línguas.

Chegamos num lugar da universidade pra preencher os mil papéis que eu tinha pegado e anexar os documentos que eu levei (tive que tirar cópia de todas as páginas do passaporte, até as em branco, sabe deus pra que). Voltamos ao correio pra entregar essa papelada toda, e descobri que o cara da universidade foi muito bonzinho com a gente - preencheu todos os papéis enquanto estávamos lá. Tinha um pessoal de Camarões que estavam preenchendo as informações eles mesmos, e tinha umas perguntas muito chatas! Dessa vez o cara do correio foi super simpático, porque esses caras não falavam italiano e ele não falava inglês, então ele precisava da ajuda da menina que tava comigo. Achei mega interesseiro, mas né, assim ele aprende a não tratar mal as pessoas (esperamos) hahaha.

Quando terminamos as coisas lá, a minha ajudante me explicou que eu precisaria ir na polícia em março, pra eles pegarem as minhas digitais etc, e disse que tinha acabado. Dei tchau pra ela e fui correndo até o Centro Assistenza, porque eu tinha ficado de ver o apartamento que elas tinham oferecido segunda, mas todo esse vai e vem de correio e papéis etc levou a manha inteira.

Eu fui lá, a Camila (mulher que trabalha la e deveria estar me ajudando a achar um apto) veio falar comigo. Expliquei que não pude ir de manhã ver a residência (eles chamam as residências de Colégio aqui), e pedi até que horas a diretora ficava lá pra eu poder ver. Ela falou que eu ainda poderia ir, então eu fui correndo, porque tinha só meia hora.

Super me perdi no caminho, não sou na-da boa com mapas. Simplesmente fui na direção oposta haha. Por sorte, o lugar era lindo - na frente do rio, e tem umas construções antigas e uns jardins muito lindos lá perto. Quando eu resolvi pedir informação na rua, já tinha andado umas 10 quadras hahaha. O cara pra quem eu pedi me mostrou como chegar lá e eu fui - mas ainda assim foi mega difícil de achar, porque alguma das ruas aqui simplesmente tem uma numeração totalmente desordenada, tipo 1 2 3 10 9 4 5 6 2 3 1 e vai repetindo os números, não sei como os carteiros acham as casas certas.

O caminho errado era lindo!
O caminho errado era lindo!
 
Depois que achei o Colégio, fui falar com a diretora, que foi super simpática. Uma menina que estava indo embora foi abraçar ela na sala dela e estava super emocionada, então ela deve ser bem fofa mesmo. Ela me mostrou o lugar, que era quase perfeito: tinha quadra de tênis, de vôlei, de basquete, academia, várias salas de estudo, várias cantinas e refeitórios, sala de computador, uma biblioteca gigante, lavanderia e milhões de outros mimos pras pessoas que moram lá. Problema: quarto dividido com outra menina, e banheiros divididos com o andar todo. Como eu não queria me arriscar a me mudar com alguém e acabar brigando com essa pessoa, preferi não ficar com o apartamento e continuar procurando um que seja com um quarto só pra mim.

Saí de lá super tarde, e morrendo de fome. Encontrei um restaurante muito gracinha. Ele era super familiar, tinha milhões de fotos antigas de família nas paredes, alguns desenhos e objetos de decoração muito lindos, fazia parecer que eu estava na casa da minha vó ou de uma amiga antiga. Pedi um macarrão MUITO bom, e o melhor de tudo é que o almoço foi super baratinho, com certeza voltarei lá mais vezes.

Entrada do restaurante...
Entrada do restaurante...
... e uma parte de dentro.
... e uma parte de dentro.
Depois do almoço, voltei pra casa pra pegar mais alguns documentos, encontrei o Giannes e fomos até o centro, onde íamos encontrar a Emilia. Ele estava morrendo de fome, então antes de ver ela, fomos a um Kebap. Assim que terminamos, fomos ao Centro Assistenza pra eu falar pra eles que não ia ficar naquele Colégio, e fomos até um café pra eu e a Emília comermos.

Giannes, eu e Emilia em frente ao café
Giannes, eu e Emilia em frente ao café

O café é muito legal: fica dentro da universidade, e é todo num estilo moderno, que contrasta com a construção antiga da faculdade. Ficamos lá um bom tempo. Vi um povo super encarando a gente, acho que eu e o Giannes temos muita cara de intercambista hahha. O povo encara bastante, quando a gente conversa em inglês no ônibus, ou na rua mesmo... Acho que da pra ver pelas roupas ou sei lá.

Depois do café, pegamos alguns números de apartamentos pra alugar e fomos até a TIM, porque a Emília se ofereceu pra me ajudar com o chip. Ela escolheu um plano super bom pra mim e foi super paciente (porque, adivinhem... O vendedor lá também era meio grosso), me explicou todos os planos pra eu escolher o que eu gostava mais. Depois de mais ou menos uma hora, comprei o chip, e nos despedimos.

Eu e o Giannes precisávamos ir até o mercado, então fomos. Eu tinha combinado com a Emília que ia avisar quando chegasse em casa, e acabei esquecendo de falar da parada pro mercado, e ela ficou super preocupada, achei muito fofinha! Depois do mercado, fomos até o McDonalds, e acho incrível como aquele lugar é familiar hahha. Não interessa que a comida seja meio porcaria e que o ambiente seja um pouco diferente de mcs em outros países, mas é muito bom você poder ir a um restaurante que tenha o cardápio igual e você sente segurança pra pedir porque sabe exatamente o gosto que a comida vai ter, ainda que não seja dos melhores hahaha.

No Mc, eu e o Giannes debatemos um monte (espírito de direito eu acho), porque temos uma visão de mundo MUITO diferente. Ele é mega conservador, e eu sou total o oposto, o que geralmente me irrita (tudo bem ter uma opinião diferente, desde que não interfira de forma prejudicial no direito dos outros... E normalmente interfere), mas estava de muito bom humor aquele dia, então foi até divertido.

Voltei pra casa exausta, e dormi em segundos.


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