Sexta:
Eu acordei super tarde e bem doente. Fui até uma farmácia pra pegar um remédio qualquer, e saí de lá com uma espécie de própolis mas com mais alguma coisa que não entendi o que era. Achei legal que aqui tem um esquema de vamos-ajudar-o-próximo que eu já ouvi falar sobre em alguns cafés brasileiros. Nos cafés, depois que você paga, pode deixar um dinheiro extra pra pessoas que possam querer tomar alguma coisa ou comer algo, mas não tem dinheiro. Aqui, você deixa dinheiro pra alguma pessoa que possa estar doente mas não pode comprar algo. Dependendo do tanto de dinheiro que você deixa, eles dão um remédio, pastilha pra tosse, essas coisas típicas de dor de garganta e resfriado e, na hora de ir embora, você entrega pra dois farmacêuticos que ficam segurando todos os remédios extras comprados pra, no final do dia, dar pra mendigos, por exemplo.
Depois da farmácia, eu fui até um café coisa mais amada no centro. Gente, uma coisa que me irrita MUITO, mas acho que bastante gente amaria, é que aqui, tudo que você pede de chocolate, vem com Nutella. Falo isso porque pedi um muffin de chocolate (fat but happy), que tava com uma cara linda, e na verdade seria ótimo, não fosse o fato que dentro dele tinha muita nutella, que eu acho bem enjoativa.
Sai do café, dei uma passeada pelo centro e voltei pra casa me arrumar, porque tinha combinado de ir a um aperitivo com alguns amigos. Não sei se já falei aqui do aperitivo (provavelmente já, porque amo isso haha), mas aqui tem um esquema de Happy Hour que funciona assim: você paga uma quantia determinada, geralmente em torno de 5 euros, e pode se servir de comidas que o restaurante disponibiliza e beber a vontade. Nesse dia, o aperitivo foi com comida chinesa, e custou 7 euros (o mais caro que eu já fui até agora, e ainda assim super vale a pena).
Eu cheguei lá um pouco atrasada, porque - adivinhem - me perdi. Pedi ajuda pra um pessoal na rua, que também não sabiam onde ficava o lugar. Uma menina muito simpática entrou no Google, procurou uma foto do lugar e ai descobriu que era um pub que tinha mudado de nome haha. Ela e a família dela me levaram até lá, o que achei muito querido da parte deles.
Chegando lá, tinha um pessoal que eu eu não conhecia, mas fiquei muito feliz de ver que Emi e as amigas fofas dela (Giulia e Erika) tinham ido. O john que tinha chamado todo mundo, então ele apresentou mais algumas pessoas, que foram bem simpáticas também.
Depois do aperitivo, mais alguns meninos chegaram, mas não ficamos muito tempo no pub, saímos e fomos pra casa porque ainda estávamos meio esgotados de sair todos os dias haha.
Sábado:
Acordei e fui pro centro, e fiquei lá por umas duas horas. A Emily tinha me convidado pra ir à uma festa organizada pela ONG que ela trabalha, e depois íamos encontrar com um pessoal num pub, então fui pra casa me arrumar.
A casa da Emi é meio longe, e eu sou bem perdida hahaha combinação nada boa... A Emi me ligou, mandou mensagem etc explicando o que eu tinha que fazer pra chegar até lá, e ainda assim tive que pedir ajuda pro motorista do ônibus e pra uma moça que tava indo com o mesmo ônibus que o meu pra algum lugar.
Quando eu desci no ponto de ônibus, liguei pra Emi pedindo o endereço pra eu ir pra lá. Ela falou a rua e o número, eu pus no GPS e fui... Só que o caminho tava meio estranho, porque o GPS mostrava basicamente uma linha reta e a Emi tinha falado que era complicadinho chegar lá. Graças a deus tinha uma senhora na rua que me disse que eu tava indo pra um lugar nada a ver e apontou a direção certa. Eu liguei pra Emi e voltei até uma praça que tinha algumas coisas abertas, entrei numa padaria e fiquei esperando a Emi me encontrar.
Os donos da padaria foram bem queridos comigo, se esforçaram pra falar em inglês e até tentaram me ensinar um pouco de italiano enquanto eu esperava. Eu comprei um kinder e uma bolacha, pra não ficar chato entrar lá, ficar um tempo conversando e sair sem levar nada haha mas no fim as duas coisas eram tão baratas que acho que nem fez diferença eu ter comprado.
A Emi chegou depois com a Francesca, menina que mora com ela, e fomos pra festa, que eu descobri que era praticamente do lado da padaria que eu tava. Lá era bem legal, tinha umas comidinhas bem gostosas (tipo uma mini pizza divina e um crepe com chocolate) e algumas bebidas italianas. Eu provei uma delas, as meninas avisaram que era amarga, mas eu quis tomar igual haha. Não era ruim assim, mas tinha um gosto muito estranho, no começo parecia uma daquelas jujubas que tem no Brasil, mas no final ficava um gosto muito amargo na boca.
Como a festa era mais tranquila, logo nós fomos embora. A Francesca estava de carro, então levou eu e a Emi até o ponto de onibus, que era longinho. Ficamos conversando no carro enquanto o ônibus não chegava, e a Francesca contou umas histórias de coisas que ela já fez/amigos já fizeram que muito personificam o "jeitinho brasileiro" (e a gente que leva a fama haha), mas no geral as histórias eram bem engraçadas.
Depois disso, eu e a Emi fomos até o Black Bull (pub que o pessoal do Erasmus sempre vai) esperar o pessoal chegar. Ficamos conversando lá até bem tarde, depois que o pessoal chegou e, como de costume, terminamos a noite na rua papeando de novo hahaha.
Domingo:
Acordei com uma mensagem da Emília super feliz porque tinha sol hahaha combinamos de ir passear pela cidade. Me arrumei super correndo, porque aqui anoitece cedo e não queríamos perder o sol haha. Cheguei na Ponte Coperto, a ponte que eu fui no primeiro dia, e encontrei com a Emi la. Andamos até o final do rio, e depois fomos passear pela cidade. A Emi contou umas coisas muito diferentes do Brasil, tipo que aqui não tem filme legendado, todos são dublados, e tudo o que passa na TV também é dublado haha.
O caminho em volta do rio foi lindo (depois posto as fotos, agora to roubando internet de um café pelo celular haha), e eu estou cada vez mais encantada com a cidade. Quando chegamos no final do rio, viramos por um caminho que eu supus que era a região mais pobre da cidade... Tinha vários traillers minúsculos um ao lado do outro, com cachorrinhos em baixo de quase todos, uma visão bem desanimadora, eu achei... Sei que no Brasil a situação é pior, mas não é muito agradável ver com quão pouco algumas pessoas tem que viver enquanto você pode se dar ao luxo de passar o dia todo passeando sem fazer nada de útil, sabe?
Enfim, atrás desses trailers tinha uma construção que a Emi falou que era usada pra fazer exposições e feiras, voltarei lá qualquer dia pra ver. Depois disso, nós fomos ver algumas construções antigas, tipo um Colégio que era o mais tradicional de todos, o primeiro a ser construído. Eu descobri que já tinha topado com esse colégio antes, já tinha até fotos dele no meu celular haha. A Emi falou que, pra morar lá, tem que fazer uma prova antes, e manter a média mais alta (aqui, as notas vão de 0 a 30), se não, você perde o lugar.
Depois disso, voltamos pra Strada Nuova. Encontramos a Francesca, a Emily e outra amiga delas por lá, fomos juntas tomar um sorvete (meu primeiro sorvete italiano!), mas depois nos separamos - o lugar que a gente foi vendia sorvete e era um café, mas como se fossem dois lugares separados... As meninas entraram pra tomar chocolate quente e eu e a Emi ficamos na fila pra pegar sorvete. Eu pedi de chocolate e creme, os mais comuns possíveis, só pra comparar com o do Brasil e ver se é melhor mesmo hahaa. O de chocolate era divino, amei, mas o de creme tinha um gosto que lembrava milho hahaha. Talvez combinado com outro sabor fique bom, mas não foi o caso naquele dia.
A noite, voltei pra casa dormir, porque precisava acordar cedo segunda.
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